The European project RRI Tools was designed to build a Responsible Research & Innovation Toolkit, with the concerned stakeholders, to make RRI happen in real life. More information about RRI Tools: http://www.rri-tools.eu/
The European project RRI Tools was designed to build a Responsible Research & Innovation Toolkit, with the concerned stakeholders, to make RRI happen in real life. More information about RRI Tools: http://www.rri-tools.eu/
Hao2.eu is a social firm promoting the use of the latest in creative and digital technologies for inclusive innovation.
Since early 2010, Hao2.eu has been researching the potential and applications of 3D virtual world technologies and offering a range of innovative 3D virtual world products and services. These help organisations improve services, especially for people with disabilities.
3DNovations solutions enable public services to offer an engaging convenient 3D cloud alternative to traditional delivery methods which fail to meet many service users’ needs.
Winner of the CBI / Nominet Trust Most Innovative Internet Business 2012, Hao2.eu is a “thought leader” for its ground breaking work harnessing the potential of 3D technologies.
Their customers and partners include NHS, Department of Health, Department of Education, Department for Work and Pensions /JobCentre Plus, universities such as University of the West of England and SmartLab at University College Dublin, charities such as the National Autistic Society.
Recognition of their innovative work is growing and our achievements include:
awarded South London Business Best Equalities Employer (Kingston) in 2010
finalist for URAC Care Consortium International Health Promotion Awards, Rome 2011
winner of Nominet Internet Awards 2012 CBI Most Innovative Business more…
finalist for the BBC Make It Digital – Ones to watch
finalist for the 2015 TIGA Games Industry Awards
Este artigo introduz o conceito criado pela Comissão Europeia (EC) “Pesquisa e Inovação Responsáveis” – traduzido do termo em inglês “Responsible Research and Innovation” cujo acrônimo é RRI (EC, 2015).
O objetivo deste texto é propiciar que todos possam:
Compreender o que é RRI
Refletir sobre a inter-relação do RRI com a Educação aberta “open education”, ciência aberta “open science” e a escolarização aberta “open schooling”
Abrir discussões e anotações relevantes sobre RRI para a formação de educadores e profissionais do futuro.
Para citar:
OKADA, A. e RODRIGUES, E. A Educação Aberta com Ciência Aberta e Escolarização aberta para a Pesquisa e Inovação Responsáveis. In: Educação Fora da Caixa: tendências internacionais e perspectivas sobre a inovação na educação. (Org.) TEXEIRA, C. S. e SOUZA, M. V. (v. 4). São Paulo: Blucher, 2018. 41-54
O mundo atual globalizado e em rede (Castells, 2005) apresenta transformações cada vez mais rápidas decorrentes das contínuas inovações científicas e tecnológicas e dos inúmeros “desafios globais”, por exemplo, meio ambiente, energia, saúde, alimento, recursos e segurança.
A fundação Global Challenges destaca doze riscos relacionados com os desafios globais que ameaçam a humanidade, dentre eles, extrema mudança climática, catástrofes ecológicas, guerra nuclear e doenças epidêmicas (ebola, HIV) (Pamlin & Armstrong, 2015).
Este cenário de contrastes drásticos do século XXI exige novas abordagens para que a ciência “com” e “para” a sociedade juntas possam desenvolver um futuro sustentável. Com este propósito, a abordagem RRI tem sido destacada para promover maior parceria entre os distintos representantes sociais com o propósito de possibilitar maior interação no planejamento, desenvolvimento e resultados das inovações científicas para atender as necessidades e expectativas prioritárias do presente e futuro.
Um dos problemas atuais mais sérios centra-se na escassez de recursos. Uma parte substancial do programa de pesquisa da Comissão Europeia Horizon 2020 – um dos maiores do mundo – visa encontrar respostas para problemas como fornecimento de energia, o aquecimento global, a saúde pública, a segurança ou os recursos hídricos e alimentares, face ao rápido crescimento populacional, com estimativas de nove mil milhões de habitantes em 2050. O investimento na investigação científica e tecnológica prioriza salvaguardar a eficiência e a diversidade dos recursos para proteger o ambiente e lutar contra a pobreza e a exclusão social para criar uma sociedade melhor para os cidadãos. (Comissão Europeia, 2014).
A educação contemporânea ocupa um papel central para a formação de estudantes, professores, profissionais e pesquisadores com práticas cada vez mais abertas, inclusivas e colaborativas que sejam apoiadas em princípios, metodologias e tecnologias acessíveis e transparentes. A parceria, interação e colaboração entre diversos atores da sociedade são elementos-chave para educação aberta, ciência aberta e RRI principalmente por promover a coaprendizagem, co-investigação e novas coautorias visando a co-construção de conhecimentos “para” e “com” a sociedade em busca de viabilidade e sustentabilidade (Okada, 2014).
Devido ao alcance amplo das novas tecnologias, as pessoas têm um acesso extremamente maior à informação e à interação. O conceito de “Abertura” do inglês “Openness” tornou-se um propósito cada vez mais popular principalmente com a cultura digital. No entanto, este conceito não está apenas associado com o movimento de software livre ou conteúdo aberto. A noção de abertura emergiu muito antes da era digital para destacar uma filosofia inovadora e o fenômeno emergente que vem se ampliando cada vez mais através de várias iniciativas tais como: ciência aberta, universidades abertas, software aberto, produto aberto, conteúdo aberto, repositórios abertos, recursos educacionais abertos, educação aberta, comunidades abertas, aprendizagem aberta, código de programação aberto e democracia aberta (Okada, 2007; Rodrigues, 2015).
O termo “ciência aberta” emergiu no final do século XVI e início Século XVII, e foi vital para a revolução científica. A disseminação ampla do conhecimento tornou-se possível com a tecnologia, desde Gutenberg com a revolução da impressão em 1439. E somente após cinco séculos, a circulação e co-construção do conhecimento tornaram-se muito mais abrangentes e rápidas com a revolução digital em 1950. O objetivo da ciência aberta é o conhecimento como “bem de acesso aberto” ao público, diferente da ciência comercial que visa lucrar com direitos do conhecimento como propriedade privada. No entanto, a “ciência aberta” e a “ciência comercial” orientada para pesquisa e desenvolvimento, com base em informações proprietárias, formam um par complementar de sub-sistemas institucionalmente distintos.
Um dos grandes desafios para a política pública tem sido manter estes dois subsistemas em equilíbrio produtivo adequado, para que as capacidades especiais de cada um possam amplificar a produtividade do outro (David, 2007). Entretanto, o acesso digital aberto à literatura científica, tal como hoje o conhecemos, é um fenómeno com apenas duas décadas. O primeiro periódico científico (“journal” em inglês) com acesso aberto para o público foi o Journal of Medical Internet Research em 1998.
A definição de ciência aberta ampliou-se muito mais transformando-se num movimento para tornar a pesquisa científica tanto os resultados como processo (dados, metodologias, instrumentos…) acessíveis a sociedade. A produção, disseminação e avanço do conhecimento são possíveis com o processo colaborativo entre os pares e as mentes curiosas como parte da investigação intelectual, do funcionamento da atividade académica e científica, mesmo antes de ela se ter cristalizada e institucionalizada nas suas formas atuais. A ciência normal, tal como definida por Thomas Khun, é cumulativa e baseada no acesso e utilização do conhecimento previamente construído.(Rodrigues, 2015 ).
A iniciativa de conteúdo aberto tem beneficiado pesquisadores acadêmicos, autores, professores e estudantes, assim aumentando a circulação democrática de conhecimento aberto. Concomitante, com as tecnologias de acesso aberto, a aprendizagem aberta foi incentivada com o rápido crescimento de recursos educacionais abertos, repositórios abertos e cursos online abertos. A noção de abertura não se limita apenas à comunidade científica, mas está direcionada a todas as comunidades, instituições e organizações que visam a criação de conhecimento através de processos, metodologias, tecnologias e conteúdos amplamente abertos e disseminados em diferentes formatos, tais como texto, imagem, som ou vídeo (Willinsky, 2006).
2. Conceito
Para citar:
OKADA, A. e RODRIGUES, E. A Educação Aberta com Ciência Aberta e Escolarização aberta para a Pesquisa e Inovação Responsáveis. In: Educação Fora da Caixa: tendências internacionais e perspectivas sobre a inovação na educação. (Org.) TEXEIRA, C. S. e SOUZA, M. V. (v. 4). São Paulo: Blucher, 2018. 41-54
No fim do século XX, a União Europeia criou o chamado Grupo Europeu sobre Ética em Ciências e Novas Tecnologias -EGE- para promover maior conscientização dos aspectos éticos nas políticas de promoção tecnológica. O EGE foi uma iniciativa pioneira que permitiu tornar visível, na agenda da comunidade, a dimensão ética do desenvolvimento científico.
Em 2001, a Comissão Europeia lançou o plano de ação “Ciência e Sociedade” com a intenção genérica de aproximar a comunidade científica com a sociedade aprendente (Assmann, 1999) e, assim, estabelecer algumas pontes de diálogo entre ambas as esferas. No mesmo ano de 2001, Larry Lessig fundou a licença aberta Creative Commons. Em 2002 e o Massachusetts Institute of Technology – MIT iniciou a rede OpenCourseWare, e o termo Recursos Educacionais Abertos (REA) foi criado durante um evento organizado pela UNESCO em 2002.
O plano de ação da Comissão Europeia transformou-se no programa de desenvolvimento científico e tecnologia denominado “Ciência na Sociedade”, no inglês Science in Society – SiS, como parte do FP7. O objetivo central foi o de ampliar e aprofundar o diálogo entre a comunidade científica e a sociedade civil com várias ações através de engajamento público, fóruns de diálogo e objetivos compartilhados de modo bidirecional entre cientistas e cidadãos.
Desde 2010, um dos resultados de destaque do grupo SIS foi apresentação do termo “Pesquisa e Inovação Responsáveis” como um caminho para conciliar as aspirações dos cidadãos com as ambições dos agentes da pesquisa e inovação (Von Schomberg (2013; Owen et. al , 2013). Ou seja, através do RRI os agentes e representantes sociais trabalham juntos durante todo o processo de pesquisa e inovação, a fim de melhor alinhar o processo e seus resultados com os valores, necessidades e expectativas da sociedade.
Segundo Sutcliffe (2011) e Stilgoe et al. (2013), os debates atuais sobre RRI sugerem a inclusão de vários fatores em conformidade com os valores sociais, a fim de maximizar os benefícios e reduzir riscos e incertezas com o propósito de :
maior alcance de um benefício social ou ambiental;
envolvimento coerente e contínuo da sociedade, do começo ao fim do processo;
inclusão de grupos públicos e não governamentais, que estão conscientes do bem público;
antecipação os impactos sociais, éticos e ambientais, riscos e oportunidades;
gestão dos problemas e oportunidades com adaptação e resposta rápida às mudanças;
abertura e a transparência no processo de pesquisa e inovação.
No ano de 2014, no programa Horizon 2020, destacou-se mais fortemente o programa “Ciência com e para a sociedade” (SwafS) como sucessor do programa SIS sinalizando uma mudança de orientação para um maior ligação e envolvimento da sociedade com a investigação.
O objetivo do SwafS é desenvolver formas inovadoras de conectar a ciência com a sociedade para que a população possa superar os desafios sociais, tais como desenvolver habilidades de investigação para acompanhar, compreender e apropriar-se das inovações científicas, buscar e produzir conhecimento, discernir fontes confiáveis das falsas e tomar decisões com base em evidências. Torna-se um grande desafio nesta década propiciar a ciência mais atrativa (nomeadamente para os jovens), aumentar o interesse da sociedade pela inovação e abrir novas atividades de pesquisa e inovação, conforme destacado pela Comissão Europeia.
“Há momentos em que a ciência parece perder a conexão com a sociedade e suas necessidades, e às vezes seus objetivos não são totalmente compreendidos, mesmo que sejam bem intencionados. A falta de uma linguagem comum e o rápido progresso em muitas áreas de pesquisa aumentaram a preocupação do público ou contribuíram para a ambivalência sobre o papel que a ciência e a tecnologia desempenham na vida cotidiana. Mas a ciência não pode trabalhar isoladamente, e os avanços na ciência e na tecnologia não são um objetivo por direito próprio.” (Comissão Europeia, 2013)
O programa “Ciência com e para a sociedade” é fundamental para abordar os desafios do mundo global incluindo da sociedade Europeia apresentados pelo Horizonte 2020, criando capacidades e desenvolvendo formas inovadoras de conectar a ciência bem próxima da sociedade. Este programa consolidou a abordagem RRI através de vários projetos.
3. Projetos
Para citar:
OKADA, A. e RODRIGUES, E. A Educação Aberta com Ciência Aberta e Escolarização aberta para a Pesquisa e Inovação Responsáveis. In: Educação Fora da Caixa: tendências internacionais e perspectivas sobre a inovação na educação. (Org.) TEXEIRA, C. S. e SOUZA, M. V. (v. 4). São Paulo: Blucher, 2018. 41-54
O RRI “Responsible Research and Innovation” cuja tradução no português é Pesquisa e Inovação Responsáveis” – visa tornar a ciência mais atrativa, interessante e útil para a sociedade. Através de maior participação nos processos de inovação, a abordagem RRI abre novas oportunidades de pesquisa e inovação.
O RRI visa a criação de uma política de Pesquisa e Inovação, orientada pelas necessidades da sociedade e envolvendo todos os atores sociais (pesquisadores, cidadãos, decisores políticos, empresas, organizações do terceiro setor, etc.) através de abordagens participativas e inclusivas. O RRI é uma abordagem que antecipa e avalia possíveis implicações e expectativas societais em relação à pesquisa e inovação, com o objetivo de promover o planejamento de uma pesquisa e inovação inclusiva e sustentável (Comissão Europeia Horizon2020, 2014)
No decorrer do programa da Comissão Europeia FP7 e Horizon2020 , foram publicadas várias referências sobre RRI e também muitos projetos foram financiados.
O primeiro edital na área de educação teve como objetivo ampliar a conscientização do conceito de RRI através da aprendizagem baseada em pesquisa foi lançado em 2013 no último ano do programa FP7 SIS. , foram financiados 5 projetos implementados:
Na área de Ensino Secundário surgiram quatro projetos: ENGAGE, Irresistible, PaRRIse, Ark of Inquiry.
E o quinto projeto financiado foi na área mais ampla de pesquisa Europeia(ERA – European Research Area) para promover o conhecimento e a adoção de práticas de ciência aberta: FOSTER.
Para apoiar a comunidade científica com RRI foram financiados diversos projetos dentre eles: RRI tools, Great, Progress, resAgora and Responsibility.
Em seguida, no programa Horizon 2020 foram contemplados mais outros projetos sendo implementados no período de 2015 a 2020. No ensino superior surgiram: HEIRRI e ENRRICH, na área de Ensino Secundário: Perform e Open Schools for Open Societies; e na área científica: FOSTERPlus, FIT4RRI e New HORRIZON.
Algumas publicações-chave da Comissão Europeia:
● Science Education for Citizenship
● Lab Fab App: investindo no futuro desejável.
Os editais de novos projetos de pesquisa incentivam iniciativas que buscam objetivos claros de acordo com o programa e que permitem avanço do RRI. Para isso, torna-se necessário desenvolver critérios quantitativos e / ou indicadores qualitativos para avaliar o impacto social e ético da pesquisa, além disso, integrar os próprios princípios de RRI na avaliação do projeto para o programa Horizon 2020.
O projeto FOSTER desenvolveu uma taxonomia de Ciência Aberta para, por um lado, descrever e mapear o amplo campo conceptual da ciência aberta e, por outro lado, facilitar a categorização dos recursos de educação e treinamento que o projeto recolhe no seu Portal.
Figura 1 – A taxonomia de ciência aberta do projeto FOSTER, contendo 9 conceitos de primeiro nível, e algumas dezenas de conceitos de segundo e terceiros níveis.
Para além da taxonomia de ciência aberta, o FOSTER também vem a acolher taxonomias de outras áreas relacionadas e desenvolvidas no contexto de outros projetos, com a participação da Universidade do Minho e/ou da Open University, como a taxonomia de Text and Data Mining (Fig.2) do projeto OpenMinted (http://openminted.eu/) e a taxonomia de Responsible Research and Innovation (Fig. 3) do projeto FIT4RRI (https://fit4rri.eu/).
Figura 2 – Taxonomia de mineração de texto e dados do projeto OpenMinted
Figura 3 – Taxonomia de pesquisa e inovação responsáveis do projeto FIT4RRI.
O projeto europeu ENGAGE desenvolveu um modelo de habilidades-chave de investigação para Pesquisa e Inovação Responsáveis com base em quatro dimensões com o propósito de preparar estudantes para cidadania responsável e carreira profissional para futuro sustentável: (OKADA et al., 2016a).
1. Impacto tecnológico: o desenvolvimento tecnológico é a base para um futuro melhor, mas para isto, deve ser planejados cuidadosamente para maximizar os benefícios e reduzir riscos.
2. Ciência Emergente: a ciência não é um processo individual, mas sim um empreendimento complexo e colaborativo realizado em parcerias. O desenvolvimento da ciência ocorre através de financiamentos oferecidos por grandes corporações e politicamente determinados. Para um mundo sustentável e próspero, a pesquisa científica deve estar alinhada com as necessidades da sociedade de acordo com seus valores sociais, ambientais e econômicos.
3. Pensamento de valores: a tecnologia e ciência emergentes exigem um pensamento sócio ético científico para lidar com questões e resultados incertos e não esperados. O processo de tomada de decisão deve ocorrer de acordo com os valores, visão e opiniões informadas de todos os distintos membros da sociedade
4. Ciência na mídia: grande parte da informação científica é interpretada pela mídia que por sua vez oferece visão desequilibrada, tendenciosa e sensacionalista. As fontes de informações precisam ser avaliadas em termos de sua finalidade, confiabilidade científica, atualização e ocorrência.
Figura4 – Habilidades de Investigação para RRI do Projeto ENGAGE
Com base nestas quatro dimensões foram estabelecidas dez habilidades para investigação visando a Pesquisa e Inovação Responsáveis (Okada, 2016a):
Elaborar perguntas: definir questões científicas com clareza para investigar fatores, causa, ou correlações.
Interrogar fontes:questionar diferentes fontes pesquisadas e avaliar sua validade e veracidade.
Analisar consequências: avaliar o mérito de uma solução perante os problemas do mundo real, refletindo sobre as implicações econômicas, sociais e ambientais.
Estimar riscos: medir os riscos e benefícios avaliando o impacto para a sociedade.
Analisar dados: interpretar dados de diversos formatos e com variedade de metodologias para identificar padrões e tendências e assim fazer inferências e extrair conclusões.
Tirar conclusões: determinar se afirmações na pesquisa são suportadas suficientemente por dados.
Criticar afirmações: examinar a consistência e coerência da evidência ou seja, qualidade, precisão e suficiência para apoiar ou refutar as afirmações.
Justificar opiniões: sintetizar o conhecimento científico, implicações e valores de perspectivas para formar uma opinião suportada por evidência e raciocínio científico indicando valores apoiados no pensamento.
Usar ética: compreender questões relacionadas com juízo de valor utilizando métodos para apoiar o pensamento ético para tomada de decisão, por exemplo, utilitarismo, direitos e deveres e virtudes.
Comunicar ideias: apresentar ideias claras seja através da narrativa escrita, verbal, midiática visual e oral com diversos formatos utilizando características ou padrões científicos
4. Reflexão
OKADA, A. e RODRIGUES, E. A Educação Aberta com Ciência Aberta e Escolarização aberta para a Pesquisa e Inovação Responsáveis. In: Educação Fora da Caixa: tendências internacionais e perspectivas sobre a inovação na educação. (Org.) TEXEIRA, C. S. e SOUZA, M. V. (v. 4). São Paulo: Blucher, 2018. 41-54
A educação aberta com ciência aberta e escolarização aberta são essenciais para preparar indivíduos e comunidades para a participação crítico-colaborativa com conhecimento, habilidades e atitudes. Ou seja, para viabilizar a RRI, todos os representantes da sociedade precisam estar aptos a identificar as necessidades prioritárias da sociedade, compreender os avanços científicos e interagir com visão, pensamento e ação sócio ético científica (Raticliffe, 2003).
A abordagem RRI requer a discussão reflexiva das intenções metodologias, implementação, análise e resultados dos avanços científicos para que o desenvolvimento científico tecnológico possa ser alinhado com os valores, necessidades e expectativas da sociedade.
Neste processo, os educadores e formadores de educadores ocupam papel central na formação dos estudantes, cidadãos e profissionais de modo global para que possam se envolver, participar e contribuir efetivamente para RRI em todas as etapas:
No estágio inicial: para obter conhecimento relevante relacionado à pesquisa e assim poder participar da elaboração de agendas e editais incluindo programas e políticas de financiamento a pesquisa.
No decorrer do processo: para estar ciente e obter informação com base em evidência atualizada, confiável e imparcial e assim poder expressar opinião em relação às possibilidades de resultados e potenciais consequências da inovação com opções abertas;
Na finalização: para estar ciente dos resultados e assim poder avaliar efetivamente o impacto em termos de necessidades sociais atendidas ou não, incluindo perspectivas de valores considerados no processo.
A abordagem RRI tem reunido diversos atores nos projetos financiados pela Comissão Europeia incluindo cidadãos, pesquisadores, instituições e governos. Estes atores sociais têm interagido através de metodologias inclusivas e participativas em todas as etapas dos processos de pesquisa e inovação e em todos os níveis de governança desde a definição da agenda até a concepção, implementação e avaliação.
Os projetos de RRI destacam cinco grupos da sociedade:
Criadores e gestores de políticas: incluem desde formadores de opinião que influenciam políticas até os próprios agentes de políticas, diretores de centros de pesquisa e representantes de sociedades científicas, seja a nível europeu, nacional ou local. Todos aqueles que definem como a pesquisa e a inovação devem ser realizadas em sua área de influência pertencem a este grupo.
Comunidade de pesquisa: são os acadêmicos pesquisadores, cientistas inovadores, gerentes de pesquisa, oficiais de assuntos públicos e de comunicação. Todas as pessoas que apoiam os diversos aspectos do sistema de Pesquisa e Inovação pertencem a este grupo.
Comunidade de educação: referem-se aos professores, formadores de docentes, coordenadores pedagógicos, desenvolvedores de cursos, estudantes, profissionais de museus de ciências e famílias. Todos os que estão envolvidos com educação em todos os níveis, desde escolas primárias até estudos de pós-graduação, pertencem a este grupo.
Indústria empresarial: trata-se dos grupos de empreendedores profissionais de grande, média e micro-empresas, incluindo organizações e instituições transnacionais. Todos os que estão envolvidos em negócios cuja a base é pesquisa e a inovação fazem parte desta categoria.
Sociedade e organização civil: são os indivíduos às organizações, incluindo ONGs, comunidades, profissionais dos meios de comunicação, representantes da sociedade civil. Todos os cidadãos ocupam papel essencial para direcionar a pesquisa e a inovação para atender as necessidades da sociedade.
5. Discussão
Para citar:
OKADA, A. e RODRIGUES, E. A Educação Aberta com Ciência Aberta e Escolarização aberta para a Pesquisa e Inovação Responsáveis. In: Educação Fora da Caixa: tendências internacionais e perspectivas sobre a inovação na educação. (Org.) TEXEIRA, C. S. e SOUZA, M. V. (v. 4). São Paulo: Blucher, 2018. 41-54
Uma das recomendações-chave da Comissão Europeia é conectar a aprendizagem formal, informal e não formal através da escolarização aberta para ampliar o interesse dos jovens por ciência e RRI, ampliando o número de profissionais e cidadãos inovadores e responsáveis.
1. Aprendizagem formal: a aprendizagem ocorre de forma organizada em ambiente estruturado (por exemplo, em uma instituição de educação, treinamento e/ou no trabalho) com intenções explícitas de aprendizagem (em termos de objetivos, tempo ou recursos). A aprendizagem formal é intencional do ponto de vista do estudante. Tipicamente leva à validação e certificação.
2. Aprendizagem não formal: aprendizagem que está incorporada em atividades planejadas não sempre designadas de forma explícita como aprendizagem formal (em termos de objetivos de aprendizagem, tempo de aprendizagem ou apoio à aprendizagem), mas que contém um dos elementos de aprendizado. A aprendizagem não-formal é intencional do ponto de vista do estudante, que pode acontecer em museus, campos / clubes de ciência etc.
3. Aprendizagem informal: aprendizagem resultante de atividades diárias relacionadas ao trabalho, família ou lazer. Não é organizada ou estruturada em termos de objetivos, tempo ou suporte de aprendizagem. A aprendizagem informal é principalmente não intencional da perspectiva do estudante.
A Escolarização aberta (open schooling) referem-se às parcerias entre escolas, comunidades locais, famílias e instituições visando conectar as três abordagens de aprendizagem (formal, informal e não formal).
A aprendizagem informal desempenha um papel fundamental na formação do desenvolvimento do pensamento científico e da literacia científica (AAAS, 1993), pois emerge a partir do que os sujeitos estão interessados em contextos reais no mundo e permite que eles possam explorar e derivar seu próprio entendimento. Na aprendizagem formal, ou seja, no modo tradicional de ensino, esta ordem está invertida, o conhecimento vem primeiro e as aplicações interessantes do mundo real só seguem mais tarde. A aprendizagem não formal está entre estes dois cenários, o conhecimento e o contexto real estão interligados, porém de modo menos frequente.
O conceito de escolarização aberta emergiu muito recentemente como uma das recomendações da Comissão Europeia para promover a educação científica para a cidadania responsável através de parcerias entre todos os atores visando melhor conexão entre aprendizagem formal, informal e não formal para que os estudantes possam ampliar conhecimentos, habilidades e atitudes dentro e fora da escola. (Ryan, 2015)
Na escolarização aberta, as escolas em cooperação com outras partes interessadas tornam-se um agente do bem-estar comunitário conectando os estudantes com suas famílias que são parceiras na vida e nas atividades escolares e com os profissionais de empresas e sociedade civil que trazem projetos da vida real para a sala de aula. Os gestores políticos têm o papel de integrar as boas práticas e insights dos projetos nas políticas públicas, portanto, garantindo sustentabilidade e impacto além do tempo do financiamento dos projetos (Comissão Europeia, 2018).
O próximo passo no fim do programa Europeu Horizon2020 é iniciar projetos de escolarização aberta para promover a pesquisa e inovação responsáveis através de número maior de parceira entre os estudantes, professores, família, profissionais da área científica e tecnológica, incluindo também gestores políticos.
“Espera-se que, a curto prazo que o desenvolvimento de parcerias entre escolas, comunidades locais, organizações da sociedade civil, universidades e indústria possa contribuir para uma sociedade com estudantes mais interessados cientificamente e com uma maior conscientização de carreiras científicas. A médio prazo, as atividades de escolarização aberta devem proporcionar aos cidadãos e aos futuros pesquisadores as ferramentas e habilidades para tomar decisões e escolhas informadas e, a longo prazo, essa ação deve contribuir para os objetivos de aumentar o número de cientistas e pesquisadores na Europa”. (Comissão Europeia 2018)
6. Conclusão
Para citar:
OKADA, A. e RODRIGUES, E. A. Educação Aberta com Ciência Aberta e Escolarização aberta para a Pesquisa e Inovação Responsáveis. In: Educação Fora da Caixa: tendências internacionais e perspectivas sobre a inovação na educação. (Org.) TEXEIRA, C. S. e SOUZA, M. V. (v. 4). São Paulo: Blucher, 2018. 41-54
O objetivo deste texto foi introduzir o conceito de RRI e iniciar o debate sobre a Educação Aberta com Ciência Aberta e Escolarização Aberta para a Pesquisa e Inovação Responsáveis na formação de educadores e profissionais do futuro.
Seis fatos foram destacados:
A circulação e co-construção do conhecimento tornaram-se muito mais abrangentes e rápidas com a revolução digital. A ciência aberta ampliou-se muito mais transformando-se num movimento para tornar a pesquisa científica tanto os resultados como processo (dados, metodologias, instrumentos…) mais acessíveis à sociedade. A produção, disseminação e avanço do conhecimento são possíveis com o processo colaborativo entre os parceiros.
A iniciativa de conteúdo aberto tem beneficiado pesquisadores acadêmicos, autores, professores e estudantes, assim aumentando a circulação democrática do conhecimento aberto.
“Ciência com e para a sociedade” é fundamental para abordar os desafios do mundo global.
A “pesquisa e a inovação responsáveis” é uma abordagem que antecipa e avalia possíveis implicações e expectativas societais em relação à pesquisa e inovação.
O modelo de habilidades-chave de investigação para Pesquisa e Inovação Responsáveis visa preparar estudantes para cidadania responsável e carreira profissional para futuro sustentável.
Os educadores e formadores de educadores ocupam papel central na formação dos estudantes, cidadãos e profissionais de modo global para que todos possam se envolver, participar e contribuir efetivamente com a RRI.
Para continuar o debate finalizamos com três questões:
Quais as metodologias, os princípios e os artefatos existentes que possam ser usados para auxiliar os professores na formação dos estudantes com Ciência Aberta e Escolarização Aberta para a RRI?
Como ampliar o interesse dos jovens para identificar as necessidades prioritárias da sociedade, compreender os avanços científicos e interagir com visão, pensamento e ação sócio ético científicas?
Como as parcerias podem ser estabelecidas entre a comunidade de educação, a comunidade de pesquisa, a indústria empresarial, a sociedade e organização civil e os criadores e gestores de políticas?
Agradecimentos
Este texto é o início do próximo projeto sobre escolarização aberta com instituições europeias e brasileiras. Participe deste processo com suas ideias . Agradecemos todos os participantes da Rede CoLearn, os revisores deste artigo e os organizadores dessa obra.
ATIVIDADE
Participe do Livro Pesquisa e Inovação Responsáveis na Educação Superior
Organização: Patricia Torres, Raquel Glitz & Alexandra Okada
Veja como participar: PDF
Owen, R., & Goldberg, N. (2010). Responsible innovation: a pilot study with the UK Engineering and Physical Sciences Research Council. Risk analysis: An international journal, 30(11), 1699-1707.
Von Schomberg, R. (2011). Towards responsible research and innovation in the information and communication technologies and security technologies fields. Available at SSRN 2436399.
Sutcliffe, H. (2011). A report on responsible research and innovation. MATTER and the European Commission.
Owen, R., Macnaghten, P., & Stilgoe, J. (2012). Responsible research and innovation: From science in society to science for society, with society. Science and public policy, 39(6), 751-760.
Von Schomberg, R. (2012). Prospects for technology assessment in a framework of responsible research and innovation. In Technikfolgen abschätzen lehren (pp. 39-61). VS Verlag für Sozialwissenschaften.
Von Schomberg, R. (2013). A vision of responsible research and innovation. Responsible innovation: Managing the responsible emergence of science and innovation in society, 51-74.
Stahl, B. C. (2013). Responsible research and innovation: The role of privacy in an emerging framework. Science and Public Policy, 40(6), 708-716.
Stahl, B. C., Eden, G., & Jirotka, M. (2013). Responsible research and innovation in information and communication technology: Identifying and engaging with the ethical implications of ICTs. Responsible innovation, 199-218.
Stilgoe, J., Owen, R., & Macnaghten, P. (2013). Developing a framework for responsible innovation. Research Policy, 42(9), 1568-1580.
Owen, R., Stilgoe, J., Macnaghten, P., Gorman, M., Fisher, E., & Guston, D. (2013). A framework for responsible innovation. Responsible innovation: managing the responsible emergence of science and innovation in society, 31, 27-50.
Stahl, B. C., McBride, N., Wakunuma, K., & Flick, C. (2014). The empathic care robot: A prototype of responsible research and innovation. Technological Forecasting and Social Change, 84, 74-85.
De Saille, S. (2015). Innovating innovation policy: the emergence of ‘Responsible Research and Innovation’. Journal of Responsible Innovation, 2(2), 152-168.
Iatridis, K., & Schroeder, D. (2016). Responsible research and innovation in industry. The Case for Corporate Responsibility Tools. Cham uaO.
Stahl, B., Obach, M., Yaghmaei, E., Ikonen, V., Chatfield, K., & Brem, A. (2017). The Responsible Research and Innovation (RRI) maturity model: Linking theory and practice. Sustainability, 9(6), 1036.
Capítulos em Livros
Okada, A. (2019, in print). Mapas do Conhecimento com Recursos Educacionais Abertos Aplicados à Coaprendizagem Baseada em Coinvestigação, in eds. Patrícia Torres, Complexidade : redes e conexões na produção do conhecimento, Curitiba: SENAR – PR 2. ed.
Okada A. & Kowalski G (2019, in print). Promovendo habilidades científicas para a Pesquisa e Inovação Responsáveis (RRI) através da Metodologia de Projetos de Design e Escolarização Aberta com a parceria entre Universidade e Escolas. in eds. Patrícia Torres, Complexidade : redes e conexões na produção do conhecimento, Curitiba: SENAR – PR 2. ed.
Okada, A. & Rodrigues, E. (2018) A Educação Aberta com Ciência Aberta e Escolarização aberta para a Pesquisa e Inovação Responsáveis. In: Educação Fora da Caixa: tendências internacionais e perspectivas sobre a inovação na educação. (Org.) TEXEIRA, C. S. e SOUZA, M. V. (v. 4). São Paulo: Blucher, 2018. 41-54
Relatórios de Projetos Europeus ( EU – FP7, H2020)
Meijer, I., Mejlgaard, N., Woolley, R., Rafols, I., & Wroblewski, A. (2016). Monitoring the Evolution and Benefits of Responsible Research and Innovation (MoRRI)–a preliminary framework for RRI dimensions & indicators
Artigos em Periódicos
Almeida, M. E. B., & Okada, A. Apresentação do dossiê temático pesquisa e inovação responsáveis na educação. Revista e-Curriculum, 16(2), 243-251. http://revistas.pucsp.br/curriculum/issue/view/1935
Costa, A. M. (2018). A coaprendizagem na formação de gestores públicos em um ambiente de coinvestigação para pesquisa e inovação responsáveis. Revista e-Curriculum, 16(2), 445-466.
Lima, M. B., & Struchiner, M. Pressupostos teóricos e propostas para discutir questões sociocientíficas: construção do modelo e-cria e sua aplicação no ensino superior. Revista e-Curriculum, 16(2), 393-419.
Pinto, S. M. C., & Ribeiro, S. F. (2018). Pesquisa e inovação responsáveis na formação científica dos estudantes da educação superior. Revista e-Curriculum, 16(2), 420-444.
Pinto, S. M., Ribeiro, S. F., Rocha, A. K. L. T., & Okada, A. L. P. (2018). Argumentação de estudantes da educação básica sobre dilemas sócio-científicos no Projeto ENGAGE. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 13(1), 207-228.
Ribeiro, S. F., Pinto, S. M. D. C., & Okada, A. L. P. (2017). Formação continuada de professores para o uso de dilemas sócio científicos com elementos de ubiquidade. Interfaces Cientificas, 6(1), 107-124.
Shimazaki, N. M., Torres, P. L., & Kowalski, R. P. G. (2018). A produção de recursos educacionais abertos (rea) em libras no ensino superior. Revista e-Curriculum, 16(2), 364-392.
Souza, K. P., da Silva, R. D. S., & de Abreu, P. F. Ciência na praça: um diálogo com a responsabilidade e inovação na pesquisa. Revista e-Curriculum, 16(2), 315-340.
Torres, P. L., dos Santos, K. E. E., Kowalski, R. P. G., & Okada, A. (2017). Experiência de Educação Ambiental utilizando Pesquisa e Inovação Responsáveis da Pontifícia Universidade Católica do Paraná no Projeto Europeu Engage. Revista Diálogo Educacional, 17(55), 1530-1554.
Torres, P. L., Kowalski, R. P. G., & dos Santos, K. E. E. (2018). RRI: uma experiência de decisões conscientes no desafio da cibercultura. Educação em Foco, 23(1), 175-200.
Book
Okada, A. (2016). Engaging Science: innovative teaching for responsible citizenship.
Okada, A. (2016). Responsible research and innovation in science education report. The Open University–UK.
Okada, A. (2014). Scaffolding school students’ scientific argumentation in inquiry-based learning with evidence maps. In Knowledge Cartography (pp. 135-172). Springer, London.Okada, A. (2013). Scientific Literacy in the digital age: tools, environments and resources for co-inquiry. European Scientific Journal, 4, 263-274.
Journal Articles
Okada, A., & Sherborne, T. (2018). Equipping the Next Generation for Responsible Research and Innovation with Open Educational Resources, Open Courses, Open Communities and Open Schooling: An Impact Case Study in Brazil. Journal of Interactive Media in Education, 1(18), 1-15.
Okada, A., Kowalski, R. P. G., Kirner, C., & Torres, P. L. (2019). Factors influencing teachers’ adoption of AR inquiry games to foster skills for Responsible Research and Innovation. Interactive Learning Environments, 27(3), 324-335.
Okada, A., Noguera, I., Alexieva, L., Rozeva, A., Kocdar, S., Brouns, F., … & Guerrero‐Roldán, A. E. (2019). Pedagogical approaches for e‐assessment with authentication and authorship verification in Higher Education. British Journal of Educational Technology.
Okada, A., Whitelock, D., Holmes, W., & Edwards, C. (2019). e‐Authentication for online assessment: A mixed‐method study. British Journal of Educational Technology, 50(2), 861-875
Conference Papers
Okada, A., Rocha, K., Fuchter, S., Zucchi, S., & Wortley, D. (2019). Formative assessment of inquiry skills for Responsible Research and Innovation using 3D Virtual Reality Glasses and Face Recognition. In: TEA 2018 Technology Enhanced Assessment Conference, 10-11 Dec 2018, Amsterdam, the Netherlands, (In Press).
Ramos, A. L., & Okada, A. (2019). Immersive Analytics Through HoloSENAI MOTOR. In: Computing Conference 2019, 16-17 Jul 2019, London, UK, (In Press)
Okada, Alexandra and Whitelock, (2018) Denise Responsible Research and Innovation with data science: a novel approach to evaluate trust of the European TeSLA system. In: 6th International Conference on Human-Agent Interaction, 15-18 Dec 2018, Southhampton.
Okada, A., Whitelock, D., & Holmes, W. (2017). Students’ views on trust-based e-assessment system for online and blended environments.
Okada, A., Whitelock, D., Holmes, W., & Edwards, C. (2017, October). Student Acceptance of Online Assessment with e-Authentication in the UK. In International Conference on Technology Enhanced Assessment (pp. 109-122). Springer, Cham.
Rocha, A. K. L. T., Rocha, A. B. L., & Okada, A. (2017, October). Rubric to assess evidence-based dialogue of socio-scientific issues with LiteMap. In International Conference on Technology Enhanced Assessment (pp. 137-149). Springer, Cham.
Torres, P. L., Fialho, N. N., Kowalski, R. P. G., & Okada, A. (2016). Responsible Research and Innovation for the Media Facebook: Community Involvement in the Study on Agrobiodiversity. Creative Education, 7(15), 2141-2150.
Okada, A., & Bayram-Jacobs, D. (2016). Opportunities and challenges for equipping the next generation for responsible citizenship through the ENGAGE HUB. In Research papers presented at the 2016 LSME International Conference on Responsible Research in Education and Management and its Impact (pp. 42-57).
Okada, A., Costa, A., & Kowalski, R. (2016) Open Educational Games for Responsible Research and Innovation: a study with Brazilian universities and open schools. Research papers presented at the 2016 LSME International Conference on Responsible Research in Education and Management and its Impact, 42–57. London 13th–15th January 2016
Okada, A, Young, G and Sanders, J. (2015). ‘Fostering Communities of Practices for teachers’ professional development integrating OER and MOOC’. EC-TEL The 10th European Conference on Technology Enhanced Learning, Toledo, 15–18 September 2015.
Okada, A, Young, G and Sherborne, T. (2015). ‘Innovative teaching of responsible research and innovation in science education’. E-Leaning Papers, Open Education Europa Journal, 44(1): 180–195.
Okada, A, Rossi, LC and Costa, A. (2015). ‘Online argumentative maps for facilitating international debates with experts at large scale’. EC-TEL The 10th European Conference on Technology Enhanced Learning. Toledo, 15–18 September 2015.
Okada, A, Wolff, A, Mikroyannidis, A and Ashton, S. (2015). ‘Promoting partnerships among Universities, Schools and Research Centres to foster Responsible Research and Innovation for smart citizenship’. Proceedings of the 15th International Conference on Technology, Policy and Innovation, Milton Keynes, 17–19 June 2015.
Data science is vital in the digital age to support Responsible Research and Innovation.
This initiative based on various projects focuses on big data, mixed methods and coding tools to examine how to foster scientific authorship and competences for practice and policy changes.
Okada, A., Noguera, I., Alexieva, L., Rozeva, A., Kocdar, S., Brouns, F., … & Guerrero‐Roldán, A. E. (2019). Pedagogical approaches for e‐assessment with authentication and authorship verification in Higher Education. British Journal of Educational Technology.
Okada, A., Whitelock, D., Holmes, W., & Edwards, C. (2019). e‐Authentication for online assessment: A mixed‐method study. British Journal of Educational Technology, 50(2), 861-875
Okada, Alexandra and Whitelock, (2018) Denise Responsible Research and Innovation with data science: a novel approach to evaluate trust of the European TeSLA system. In: 6th International Conference on Human-Agent Interaction, 15-18 Dec 2018, Southhampton.
Okada, A., Whitelock, D., & Holmes, W. (2017). Students’ views on trust-based e-assessment system for online and blended environments.
Okada, A., Whitelock, D., Holmes, W., & Edwards, C. (2017, October). Student Acceptance of Online Assessment with e-Authentication in the UK. In International Conference on Technology Enhanced Assessment (pp. 109-122). Springer, Cham.
Digital annotation is increasingly relevant for students in online courses to select content, add their own reflections and map knowledge.
Our projects focuses on Visualising Interfaces for Systematising Online Notes with annotation tools for developing scientific writing skills.
Okada, Alexandra; Whitelock, Denise; Holmes, Wayne and Edwards, Chris. (2018). e-Authentication for online assessment: a mixed-method study. British Journal of Educational Technology (Early Access).
Okada, Alexandra and Whitelock, (2018) Denise Responsible Research and Innovation with data science: a novel approach to evaluate trust of the European TeSLA system. In: 6th International Conference on Human-Agent Interaction, 15-18 Dec 2018, Southhampton.
Okada, A., Whitelock, D., & Holmes, W. (2017). Students’ views on trust-based e-assessment system for online and blended environments.
Okada, A., Noguera, I., Alexieva, L., Rozeva, A., Kocdar, S., Brouns, F., … & Guerrero‐Roldán, A. E. (2019). Pedagogical approaches for e‐assessment with authentication and authorship verification in Higher Education. British Journal of Educational Technology
Okada, A., Whitelock, D., Holmes, W., & Edwards, C. (2019). e‐Authentication for online assessment: A mixed‐method study. British Journal of Educational Technology, 50(2), 861-875
Okada, Alexandra; Scott, Peter and Mendonca, Murilo. (2015). Effective web videoconferencing for proctoring online oral exams: a case study at scale in Brazil. Open Praxis International Journal, 7 (3) pp. 227-242.
Costa, A. M. (2018). A coaprendizagem na formação de gestores públicos em um ambiente de coinvestigação para pesquisa e inovação responsáveis. Revista e-Curriculum, 16(2), 445-466.
Teaching argumentation from and supported by data is vital for students to develop critical thinking and problem-solving skills.
Our projects and resources focus on socio-scientific dilemmas and AR games to support kids to learn how to identify fake information and argue from scientific data.
Okada, A., & Sherborne, T. (2018). Equipping the Next Generation for Responsible Research and Innovation with Open Educational Resources, Open Courses, Open Communities and Open Schooling: An Impact Case Study in Brazil. Journal of Interactive Media in Education, 1(18), 1-15.
Okada, Alexandra (2014). Scaffolding school students’ scientific argumentation in inquiry-based learning with evidence maps. In: Okada, Alexandra; Buckingham Shum, Simon J. and Sherborne, Tony eds. Knowledge Cartography: Software Tools and Mapping TechniquesLondon: Springer London, pp. 135-172.
Okada, Alexandra and Buckingham Shum, Simon. (2008). Evidence-Based Dialogue Maps as a research tool to evaluate the quality of school pupils’ scientific argumentation. International Journal of Research & Method in Education, 31 (3) pp. 291-315.
Okada A. & Kowalski G (2019, in print). Promovendo habilidades científicas para a Pesquisa e Inovação Responsáveis (RRI) através da Metodologia de Projetos de Design e Escolarização Aberta com a parceria entre Universidade e Escolas. in eds. Patrícia Torres, Complexidade : redes e conexões na produção do conhecimento, Curitiba: SENAR – PR 2. ed.
Okada, A. (2019, in print). Mapas do Conhecimento com Recursos Educacionais Abertos Aplicados à Coaprendizagem Baseada em Coinvestigação, in eds. Patrícia Torres, Complexidade : redes e conexões na produção do conhecimento, Curitiba: SENAR – PR 2. ed.
Pinto, S. M., Ribeiro, S. F., Rocha, A. K. L. T., & Okada, A. L. P. (2018). Argumentação de estudantes da educação básica sobre dilemas sócio-científicos no Projeto ENGAGE. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 13(1), 207-228.
Ribeiro, S. F., Pinto, S. M. D. C., & Okada, A. L. P. (2017). Formação continuada de professores para o uso de dilemas sócio científicos com elementos de ubiquidade. Interfaces Cientificas, 6(1), 107-124.
We are a multidisciplinary network of educators, PhD students, schools, universities, companies, policy makers, technologists and science citizens interested in data driven goals to contribute to a sustainable world and build a desirable future. Our decision-making process is informed by collective empirical studies and high-quality data evaluation. We build productive partnerships and RRI projects to make a positive impact with all of our pursuits.
support participants to develop inquiry skills for responsible research and innovation for envisioning and contributing to improvements in their cities.
Several initiatives on collaborative inquiry-based learning – “co-inquiry” – have been emerging in Higher Education and Secondary schools. Most of them are funded by local governments and the European Commission. The urban inquiry project is an example, which is based on various initiatives.
Urban Inquiry offers open educational resources, learning technologies and pedagogical approaches for formal education curriculum and informal learning opportunities promoted by universities, schools, science centres, museums, CSO and citizens associations.
Our aim focuses on supporting educators, researchers and learners to identify authentic scenarios, describe collective problems scientifically and apply open science tools for socio-scientific knowledge construction.
Links
Online Learning and Fun is a large-scale research project whose aims is to examine learners’ views about fun in learning supported by technologies in Higher Education. Due to the COVID-19 virus pandemic, many schools and universities have adapted their curriculum to promote online learning. Consequently, understanding factors that influence learners’ engagement and enjoyment with online studies has been foregrounded for many educators, and their students, for the first time. In this new context, being responsive to students’ views about their learning and fun is an important part of developing online pedagogies that might support learner well-being. (Okada, 2020). Objectives OLAF project has three objectives:
to refine a self-reflective instrument for generating a large database;
to cocreate a set of recommendations for innovating pedagogical practices;
to increase the number of research studies about fun in learning for promoting changes in the educational curriculum, practices and policies.
It is coordinated by Dr. Okada (PI) and Prof. Sheehy (Co-I)
This mixed method study will refine a self-reflective instrument about fun and online learning on both contexts: formal education and non-formal education, which will be useful for developing institutional, inter-institutional and cross-national studies during the pandemic. This instrument was designed to increase students’ awareness about their epistemic beliefs, engagement with online learning, and views about fun in distance education.
Our findings will be used to provide recommendations to teaching staff, curriculum designers and project teams to support students’ enjoyment with learning enhanced by technologies. Our purpose is also to create opportunities for research groups to investigate new strategies to enrich online learning experiences in various contexts supported by innovative pedagogies, such as gamification, virtual and augmented reality, 360-annotation, story-animation, datification, inquiry mapping and open schooling projects.
We are using a self-reflective instrument to generate data with:
Our study was approved by The Open University’s Human Research Ethics Committee and the project approval ID is HREC/3463.
This instrument was previously applied to a study within an Open University module with 4500 students; 630 participants; 551 respondents. Findings indicated that 91% of participants valued fun in online learning; highlighting well-being, motivation and performance. However, 17% believed that fun within learning could take the focus off their studies and result in distraction.
The Open University
offers Adopting Standards for European Educational Content. It is an eContentPlus action of the EU focused around standards for interoperability for sharing learning materials.
There are many standards in the field of learning: around objects, around syndication and search, and even to help define the key features of portfolios and assessment.
iCoper is building a reference model to help to bring these standards together and capture the best practice of our diverse community in the use of these standards – to make better learning! There are few standards which help learning institutions (and now learners themselves, perhaps) to create content that is then more easily reused by others, or in different learning context.
The work discussed here is focused on capturing the best practices of our community to support Content Development and Reuse (CDfR).
Participant(s): Alexandra Okada, Teresa Connolly, Peter Scott
Links: